Comentário de António Barreto a crise política

Vale a pena ouvir este cometário de António Barreto sobre a demissão de José  Sócrates.

“Tantas vezes os socialistas hoje disseram «não estamos agarrados ao poder», tantas vezes disseram, tantas vezes disseram, e já se sabe há muito tempo, quando se diz isto muitas vezes é porque se está mesmo agarrado ao poder.”

“O primeiro-ministro estava, e está, em perda permanente, sistemática, há muito tempo. Creio aliás que é das poucas boas notícias do dia de hoje, é termo-nos visto livres dele, pelo menos para já. (…) Ele sabia que não conseguia os dois anos até às próximas legislativas. Ele sabia que não tinha força, que não tinha competência, que não tinha inteligência, que não estava à altura, que não tinha margem de manobra, que tinha enganado muita e toda a gente, que tinha enganado a União Europeia, que tinha problemas com as contas e com as estatísticas do arco da velha, que ele não conseguia endireitar o défice, que não conseguia endireitar o endividamento, ele sabia que teria de recorrer ou à União Europeia ou ao Fundo Monetário, por isso eles inventaram já há dois meses aquele fantástico slogan que era «Defender Portugal». Portugal precisa de se defender é de Sócrates. Não é do mundo nem da Europa. Precisa de se defender é de José Sócrates.”

“O povo não sabe o estado se encontram as finanças públicas portuguesas. Não sabe. Muitos dos dirigentes políticos, eles próprios, não sabem em que estado estão as coisas. Há sinais de que há muita, muita, muita manipulação, nomeadamente na saúde, nos pagamentos na saúde, nos pagamentos na educação, nos pagamentos de certas obras públicas.”

José Sócrates demitiu-se!

A demissão de Sócrates foi o melhor que aconteceu a Portugal nos últimos seis anos. Tivemos um primeiro-ministro que no início da crise em vários países começou por dizer que essa crise não tinha afectado Portugal. Começou por dizer que em Portugal não havia crise.

O barco estava já a afundar e José Sócrates dizia que tudo estava bem. Entretanto, depois das eleições, o governo descobre um défice muito superior ao que era estimado. Veio o PEC, PEC 2, PEC 3 e o PEC 4. Cada um deles era o último. Tal como este era o último. José Sócrates reafirmava assim vezes sem conta que não era preciso ajuda externa. No entanto, há meses que se sabe que a ajuda externa é inevitável. Felizmente vamos mudar de governo. As medidas não vão ser mais brandas mas pelo menos vamos ter um primeiro-ministro realista que tratará de resolver os problemas na sua origem.

Lucros da McDonald's aumentaram 80% em 2008

“A crise económica parece ser “amiga” dos restaurantes de comida rápida. A maior cadeia do género anunciou ter registado em 2008 um aumento de 80% nos seus lucros.”

“Segundo o presidente da McDonald’s, Jim Skinner, a cadeia de restaurantes aumentou ainda o número médio de clientes por dia para 58 milhões, lucrando 4,3 mil milhões de dólares em 2008.”

Veja a notícia: Expresso

por Hugo Cadavez Publicado em Diversos Com as etiquetas

Dentistas poupam na esterilização dos materiais

“Nos últimos dois anos, 87 consultórios e clínicas de todo o país tiveram a actividade suspensa e cinco foram mesmo encerrados por falta de condições de higiene e exercício ilegal. Há dentistas a utilizar materiais de «qualidade duvidosa» e a poupar na esterilização dos equipamentos para compensar os preços baixos impostos pelas seguradoras.”

“«A situação está a degradar-se imenso em Portugal. Começa pelos materiais de menor qualidade e pelo sobretratamento, o que significa fazer tratamentos que não são necessários, continua pelo tempo menor dedicado ao doente e vai por aí fora até à degradação total da qualidade, incluindo a esterilização», alerta o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).”

Veja a notícia: Expresso